sexta-feira, 6 de maio de 2011

O cínico e o sincero.



Quanto ao trabalho escrito por  Erving Goffman como o título de “A REPRESENTAÇÃO DO EU NA VIDA COTIDIANA” achamos algumas idéias extremamente interessantes e por isso resolvemos as apresentar no nosso blog.
O indivíduo sempre representa um papel em nossa sociedade e popularmente dizemos que este faz uma representação e dá um espetáculo em benefício dos outros. Mas será certa esta idéia? Para entendermos melhor é importante pensarmos na questão desta própria pessoa e se ela, na verdade, está sendo cínica ou sincera.
Para Goffman o sincero é quando o ator está completamente compenetrado em seu próprio número. Quando ele está sinceramente convencido de esta ser sua realidade verdadeira e seu público também acreditar na sua representação.
No outro lado verificamos que o ator pode não estar completamente compenetrado de sua prática. O executante pode ser levado a dirigir a convicção de seu público apenas como um meio para outros fins, não tendo interesse final na idéia que fazem dele e da situação. Para Goffman quando o indivíduo não crê em sua própria atuação e não se interessa em última análise pelo seu próprio público, podemos chamá-lo de cínico ou reservando. E o termo sincero para os que realmente acreditam na impressão criada por sua representação. Nem todo ator cínico esta interessado em iludir sua platéia, tendo por finalidade o que se chama “interesse pessoal”. Um indivíduo cínico pode enganar o público pelo que julga ser o próprio bem deste, ou pelo bem da comunidade etc.
O cínico e o sincero na verdade vem a ser dois extremos onde o indivíduo pode variar visto que todos os papéis têm suas defesas e garantias e é através deles que acabamos por nos conhecer uns aos outros e também a nós mesmos.

           

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